È incredibile come in questo paese le idee cambino così velocemente. È di poco tempo fa la notizia che il governo brasiliano avrebbe "importato" seimila medici cubani da destinare in quelle aree carenti di professionisti (ma perché, ci sono aree in cui la sanità funziona bene?). “Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico”, aveva detto Antonio Patriota, Ministro delle Relazioni Pubbliche brasiliano.
Ora invece hanno cambiato idea, e invece di far venire medici da Cuba, stanno facendo accordi con la Spagna e il Portogallo. Perché questo cambiamento?
Secondo alcuni i medici cubani non sono "veri" medici, ma solo dei professionisti che hanno fatto dei corsi di specializzazione:
Os médicos cubanos que iriam ou irão vir ao Brasil não eram médicos da ELAM.
Os médicos da ELAM [Escuela Latinoamericana de Medicina] não são cubanos. São médicos formados em Cuba, de diversos países, com todos os gastos por conta do estado cubano, de quem recebem moradia, livros, estudo e a ajuda para gastos em dinheiro (bolsa).
Os médicos brasileiros, formados na ELAM, para exercer a medicina no Brasil, tem e terão de fazer exame de revalidação e não se incluem nesses 6000, que viriam ao Brasil, através de um convênio, não trabalhar por conta própria, mas dentro do que estabelecer o contrato.
Em Cuba, existe desde o ano 2000 o conceito de microuniversidade e todos os profissionais, não apenas médicos se formam em serviço. Ou seja, a partir do segundo ano o aluno já trabalha na sua futura profissão, sob orientação de um tutor...
... Uma microuniversidade é uma escola, mas também pode ser um hospital, uma fábrica ou uma oficina, porque o conceito de universalização não é exclusivo da formação do professor ou do médico, o que pressupõe colocar o universitário em contato com a realidade onde se desenvolve fisicamente a profissionalização.
Todos os médicos cubanos, formados nas escolas de medicina em Cuba, após se formarem, tem que trabalhar no serviço social, de 4 anos, que implica trabalhar como médico de família, generalista, em locais no campo, nas montanhas, …, de forma que não exista um cubano sem assistência de médicos. Alguns entre os formados vão fazer o serviço social em outros países como a Venezuela e depois ao acabar o serviço social voltam a Cuba para fazer uma especialidade médica, se quiserem, ou seguem como generalistas.”
“Descartamos buscar médicos cujo tempo de formação não é reconhecido nos próprios países. A mera formação universitária não garante o exercício da medicina. São necessários cursos de especialização e residência médica.” Como assim? Os alunos formados médicos no Brasil trabalham em hospitais na residência atendendo pacientes, mas ainda assim há uma grande parcela da população que nasce e morre sem ver um médico no Brasil!”. O que publicou o El Pais, não é confiável e quero crer que o governo de Dilma não cairia nesses equívocos.
Padilha, creio eu, não cedeu à chamada por muitos máfia de branco, ao corporativismo de mercenários, que com exceções, são os médicos no Brasil. Ele, na condição de escolhido por Dilma para esse cargo, veio mais uma vez confirmar que de um governo eleito por uma eleição burguesa, por um sistema eleitoral decidido pelo dinheiro, não irá nunca poder ou fazer nada que crie um grande confronto direto com os interesses da burguesia, de onde saem prioritariamente uma maioria de meninos criados com todinho e leite de pera para se tornarem os médicos, para quem vale uma coisa: send me money!
Eppure questi medici cubani non sono poi così male come qualcuno dice. Grazie alla medicina preventiva, l'isola caraibica ha il tasso di mortalità infantile più basso in America e nel Terzo Mondo - 4,9 per mille meno che in Canada e Stati Uniti. Allo stesso modo, l'aspettativa di vita dei cubani - 78,8 anni è paragonabile a nazioni più sviluppate. Con un medico ogni 148 abitanti (78.622 in totale) Cuba è, secondo l'Organizzazione Mondiale della Sanità, la nazione meglio equipaggiata al mondo in questo settore. Secondo il New England Journal of Medicine "il sistema sanitario cubano sembra irreale. Ci sono molti medici. Ognuno ha un medico di famiglia. Tutto è gratuito, completamente gratuito. Nonostante il fatto che Cuba abbia risorse limitate, il suo sistema sanitario ha risolto problemi che il nostro [Stati Uniti] non è riuscito ancora. Cuba ha ora il doppio di medici pro capite rispetto agli Stati Uniti."
Quindi, aldilà del regime politico, la sanità di Cuba funziona bene (e non si può certo dire la stessa cosa del Brasile). E allora perché ora non li vogliono più? A quanto pare, il Conselho Federal da Medicina (in poche parole, l'organo di controllo dei medici brasiliani) ha fatto diverse azioni contro l'importazione di tali medici stranieri. Il loro timore è che il modello cubano prenda piede in Brasile, riducendo così i tassi di malattia, perdendo così i vari guadagni nei costi di assistenza (per dirla in breve, hanno paura di perdere il lavoro). Non è la prima volta che succedono fatti come questi. Nel 2005, il Governatore di Tocantins si rese conto di avere pochi medici per i suoi numerosi e lontani municipi. Allora fece un accordo con Cuba facendo venire nel suo Stato alcuni medici dell'isola. La reazione dei medici locali fu immediata:
"... o quadro de saúde mudou rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país. A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos." (Fonte: Revista Forum)
Come ho detto, ora le cose sono cambiate:
"O governo do Brasil anunciou na terça-feira (21) que não irá mais recrutar médicos de Cuba. No início do mês o Itamaraty anunciou que o Brasil estaria negociando com Cuba um acordo para receber cerca de 6 mil médicos daquele país. A alegação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para a desistência é de que o governo prefere trazer profissionais de países cuja formação universitária garanta o exercício da medicina no Brasil. As informações são do El País. “Descartamos buscar médicos cujo o tempo de treinamento não é reconhecido no país como Cuba e Irã. A mera formação universitária não garante o exercício da medicina. São necessários cursos de residência médica”, disse o ministro, ressaltando que não se trata de preconceito com nenhum desses países."
In compenso qui in Brasile avremo medici spagnoli e portoghesi. E questi medici "importati" non dovranno fare un esame di qualificazione per esercitare in questo paese, a patto di rimanere qui per soli tre anni. Nel caso volessero stabilirsi definitivamente o esercitare per più tempo, allora dovranno fare questo esame, come si esige da altri professionisti.
O Brasil não vai exigir exame nacional de revalidação do diploma de médicos trazidos da Espanha e de Portugal para trabalho temporário em áreas com déficit de profissionais da saúde no país. Em contrapartida, esses estrangeiros só poderão atuar nas áreas determinadas pelo governo em periferias e no interior e por período que não deve passar de três anos. Caso queiram trabalhar mais no Brasil, terão então de fazer o exame, seguindo um modelo já adotado por países como Canadá, Austrália, Reino Unido e a própria Espanha. "Nosso maior interesse é atrair médicos de Espanha e Portugal para atuar restritamente em regiões com carência de profissionais, por um período de dois, três anos, na área de atenção primária, em que a Espanha tem grande tradição. O Brasil precisa de mais médicos, mais próximos da população e com mais qualidade" disse o ministro Alexandre Padilha.
Nello stesso tempo, i medici brasiliani potranno ricevere una borsa di studio per specializzarsi all'estero.
Quindi il risultato, almeno per il momento, è che i medici cubani non verranno più perché sono troppo bravi, però importeremo medici dalla Spagna e dal Portogallo e i medici brasiliani potranno andare all'estero per imparare qualcosa. caspita, certo che al governo brasiliano idee non mancano!
Ma aldilà di tutte queste notizie, il problema di fondo non sono i medici brasiliani o stranieri. I medici brasiliani sono bravi (anche se ne ho conosciuti alcuni che chiamarli F.d.P. vuol dire fargli un complimento). Il problema sono le strutture a dir poco fatiscenti e il sistema brasiliano. Potranno venire i migliori medici del mondo, ma finché la salute pubblica rimarrà in queste condizioni, con ospedali sporchi, apparecchiature vecchie di secoli e non funzionanti (so quello che dico, credetemi) e strutture degne di un villaggio africano (senza con questo voler criticare le persone di quel continente) la salute qui sarà sempre una m..da.
Ciao Franco
RispondiEliminacomplimenti post interessantissimo.
Ciao, Yuri.
Grazie :)
EliminaPost interessante,un solo appunto, Antônio Patriota e' ministro delle relazioni estere, cioe' Ministro degli esteri,e non delle relazioni pubbliche.
RispondiEliminaSperiamo che Dilma&Co non leggano questo post,perche' sono bem capaci di creare um nuovo Ministero
Grazie per la correzione. Tradurre dal portoghese mi crea ancora tanti problemi, e a volte faccio errori grossolani. Saluti
Eliminascusa ma tu a quale titolo fai le tue conclusioni? sei un medico brasiliano? sei un brasiliano nato e vissuto in Brasile? Cosa ne puoi sapere delle decisioni che prende il Governo Brasiliano in merito ai problemi della sanità pubblica?
RispondiEliminaInoltre, metteresti la tua moglie partoriente in mano ad un medico cubano invece che in mano di Nicola Surico, visto che vieni da Novara???
In una situazione di emergenza, vorresti stare in mano di un medico cubano o nelle mani di Giancarlo Avanzi?
In Italia medici cubani per poter esercitare la loro professione devono rivalutare la loro laurea, mentre i medici provenienti da Portogallo e Spagna posso esercitare senza fare rivalutazione, allora se in Italia c'è questa differenza perché il Brasile non può fare lo stesso????
Scusa Anonimo, ammetto di essere ignorante, ma non ho capito molto bene il tuo commento.
EliminaIniziamo col dire che non sono brasiliano, ma vivo in Brasile da anni, quindi conosco bene la sanità brasiliana (e qui aggiungerei un "purtroppo"). Non conosco le decisioni del Governo brasiliano, come non le conosci tu, ma non mi sembra di aver contestato il fatto di importare medici dall'estero. Quello che mi ha reso, come dicono qui, "puto da vida" é il fatto che prima dicono una cosa, poi un'altra e poi un'altra ancora. Questo a mio parere é una mancanza di serietà e di rispetto verso la popolazione del proprio paese.
Tu citi Nicola Surico, ma non puoi paragonare il primario di ginecologia dell'Ospedale Maggiore di Novara, presidente della Societá Italiana di Ginecologia e Ostetricia con un medico della SUS o del USL. Qui stiamo parlando di medici generici che attendono nei vari ambulatori e ospedali, non professoroni a 5 stelle. Allo stesso modo non puoi paragonare l'Ospedale Maggiore di Novara con un qualunque ospedale pubblico brasiliano, a meno che tu non ti possa permettere il Sirio-Linabés come Lula.
Lo stesso equivale a Giancarlo Avanzi, altro professore stimato. Quindi questi tuoi paragoni per me non hanno senso. La domanda corretta potrebbe essere: ti faresti curare da un medico della SUS o da un medico cubano? Risposta: é indifferente. Pensi veramente che ci sia molta differenza tra questi due medici? Sei mai stato ricoverato in un ospedale brasiliano? Hai mai richiesto esami o cure in un "posto de saude" qui in Brasile? Sei mai entrato per urgenza in un Pronto Soccorro brasiliano? Io si, per questo posso affermare che non avrei nessun timore a farmi curare da un medico di Cuba, perché conosco la situazione brasiliana.
Forse, magari mi sbaglio, ma i medici spagnoli e portoghesi possono esercitare la loro professione in Italia senza problemi perché fanno parte della Comunitá Europea, tant'è vero che anche i tuoi medici brasiliani per lavorare in Italia o Portogallo devono fare un esame di valutazione. Ma torno a dire, il problema non é questo. É questa mancanza di serietá del governo brasiliano che mi fa incazzare, non il fatto che i medici siano cubani o spagnoli.
Ma tornando alla tua domanda iniziale, io traggo le mie conclusioni per quello che chiamo "libero pensiero". Grazie a Dio ho un cervello che funziona ancora e ho l'abitudine di questionarmi su quello che mi succede intorno. Nel XIX secolo un filosofo britannico disse: "è sempre sbagliato per chiunque e ovunque credere in qualsiasi cosa avendo prove insufficienti". Quindi io procuro informazioni e cerco di capire cosa sta succedendo, e mi faccio delle idee, idee che a volte possono essere sbagliate, ma perlomeno cerco di capire e di ragionare su determinati argomenti. Purtroppo non tutti fanno questo, e forse é anche per questo che il mondo é quello che é.
Ci sono anche altre ragioni dietro al rifiuto da parte dela classe medica del programma ,ma come gli piacciono a sto governo i programmi,annunciati com sparate pubblicitarie e mai veramente compiuti,piu' medici per il Brasile.
RispondiEliminaNegli anni passati sono stati inviati a Cuba, a vario titolo,molti studenti di medicina,che soi sono laureati a Cuba,ma che ,nell'esame che validerebbe la loro láurea per esercitare in Brasile hanno sempre fato uma péssima figura ,cioe' non lo hanno passato.
Questi laureati a Cuba sono in gran parte dell'area PT .
Quindi la clausola secondo la quale i medici che potrebbero esercitare nel fantástico programma governativo ,che dice che " i candidati medici devono avere buona fluenza in portoghese e' stata scritta próprio per loro.
E anche la tanto sbandierata mancanza di medici in Brasile e' uma emérita balla,il Brasile há molti medici,mi pare che sia tra i primi quattro paesi sudamericani com il piu' alto rapporto medici/popolazione.
Qui in Brasile mancano ospedali e strutture funzionanti,pubbliche.
A che serve mandare 10 dottori dove non c'e' um ambulatório o uma símplice macchina per le radiografie?