Brasil tem a 2ª maior taxa de inflação do consumidor do mundo


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Brasil registrou inflação de 9,53% em 12 meses até agosto, só perdendo para a Rússia, cuja taxa foi de 15,75%


Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 1º, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que no Brasil os preços andam acelerados. Em agosto, o País registrou a segunda maior inflação do mundo, perdendo apenas para a Rússia, que passa por uma grave crise econômica devido, entre outros motivos, à queda do preço do petróleo.

No Brasil, o índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês), ficou em 9,53% em 12 meses, até agosto. Já na Rússia, a inflação está em 15,75%. Além da queda do preço do petróleo, a economia da Rússia sofre com embargos impostos pela União Europeia devido ao conflito na Ucrânia.

Além disso, mais recentemente o país se envolveu em uma nova guerra, a da Síria. Nesta semana, a Rússia começou a realizar bombardeios aéreos na Síria, movimento que elevou a incerteza e a complexidade de uma guerra que já provocou 250 mil mortes e forçou 12 milhões de pessoas a deixar suas casas desde seu início, há quatro anos e meio. Os EUA e seus aliados temem que as ações de Moscou tenham por objetivo proteger Bashar Assad, e não combater o Estado Islâmico.

Tamanha bagunça tem reflexos na economia.O índice de gerentes de compras (PMI na sigla em inglês) do setor industrial da Rússia subiu para 49,1 em setembro, mas, apesar do avanço, o resultado ficou abaixo da marca de 50 que indica contração na atividade manufatureira pelo nono mês consecutivo.

No Brasil, a OCDE mostra que a inflação vem em uma crescente. Estava na faixa de 6% no ano passado e saltou para acima de 9% desde julho de 2015.  


Em outros países, a inflação é menor. Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor ficou em 0,2% em 12 meses. Na zona do euro, a taxa foi de 0,1%. A OCDE divulgou a inflação de 41 países.


No bloco de países desenvolvidos que fazem parte da Organização (o Brasil não está incluído), a inflação ficou estável em 0,6%. A leitura ficou no mesmo patamar pelo quarto mês consecutivo. Excluindo-se alimentos e energia, a inflação anual na OCDE também ficou estável, em 1,7%.

Os preços de energia recuaram 10,3% no período ante queda de 9,6% nos 12 meses até julho. A inflação do setor de alimentos acelerou um pouco, de 1,3% em julho para 1,4% no ano em agosto.(Colaborou Gabriel Bueno da Costa)

Fonte: Estadão
  
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