Penso che ogni italiano conosca le qualità dell'olio d'oliva e che sabbia dargli il giusto valore a tavola. E ogni italiano sa anche che, per essere riconosciuto come tale, l'olio d'oliva extra vergine deve possedere determinate caratteristiche. L'Italia è il secondo produttore in Europa e nel mondo di olio di oliva con una produzione nazionale media di oltre 464.000 tonnellate, due terzi dei quali extravergine e con ben 41 denominazioni DOP e un IGP riconosciute dall'Unione europea. Quindi per noi italiani l'olio d'oliva è importante. Per questo bisogna avere molta attenzione quando si va al supermercato, specialmente fuori dall'Italia.
L'Associazione dei Consumatori qui in Brasile ha fatto un test con 19 oli d'oliva extra vergine che si trovano comunemente sugli scaffali, e il risultato è stato a dir poco disastroso. Quattro di questi oli non possono nemmeno essere considerati oli d'oliva, anche se sull'etichetta c'è scritto "azeite de oliva extravirgem", visto che dal risultato risultano un misto di oli vari raffinati; sette di questi non sono extravergine ma solo vergini; otto per fortuna risultano positivi.
De 19 marcas de azeite extravirgem testadas, quatro sequer podem ser consideradas azeite
Associação de Consumidores testou 19 marcas de azeite extravirgem e constatou que quatro (Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real) não podem nem ser consideradas azeites, e sim uma mistura de óleos refinados.
Menos da metade dos produtos avaliados, apenas oito, apresentam qualidade de extravirgem. São eles: Olivas do Sul, Carrefour, Cardeal, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor, Qualitá.
Os outros sete (Borges, Carbonell, Beirão, Gallo, La Espanhola, Pramesa e Serrata) são apenas virgens. Dos quatro testes que a entidade já realizou com esse produto, este foi o com o maior número de fraudes contra o consumidor.
As propriedades antioxidantes do azeite de oliva são o principal atrativo do produto, devido ao efeito benéfico à saúde. Mas para que o azeite mantenha suas características, é importante que ele não seja misturado a outras substâncias. Os quatro produtos declassificados pela entidade são, na verdade, uma mistura de óleos refinados, com adição de outros óleos e gorduras. Em diversos parâmetros de análise, essas marcas apresentaram valores que não estão de acordo com a legislação vigente. Os testes realizados indicaram que os produtos não só apresentam falta de qualidade, como também apontaram a adição de óleos de sementes de oleaginosas, o que caracteriza a fraude.
Outros sete não chegam a cometer fraude como esses, mas também não podem ser vendidos como extravirgens. A entidade ressalta que o consumidor paga mais caro, acreditando estar comprando o melhor tipo de azeite e leva para casa um produto de qualidade inferior.
É considerado fraude o produto vendido fora das especificações estabelecidas por lei. Para as análises, foram considerados parâmetros físico-químicos para detectar possíveis adulterações: espectrofotometria (presença de óleos refinados); quantidade de ceras, estigmastadieno, eritrodiol e uvaol (adição de óleos obtidos por extração com solventes); composição em ácidos graxos e esteróis (adição e identificação de outros óleos e gorduras); isômeros transoleicos, translinoleicos, translinolênicos e ECN42 (adição de outras gorduras vegetais).
A entidade vai notificar o Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da Agricultura, exigindo fiscalização mais eficiente. Nos três testes anteriores foram detectados problemas. Em 2002, foram avaliados os virgens tradicionais e foi encontrada fraude. Em 2007, a situação se repetiu com os extravirgens. Em 2009, uma marca que dizia ser extravirgem não correspondia à classificação. Para a Proteste, isso demonstra que os fabricantes ainda não são alvos da fiscalização necessária.
A reportagem procurou os quatro fabricantes dos óleos desclassificados. A importadora do óleo Quinta d’Aldeia não possuía porta-voz imediatamente disponível para comentar o assunto. As outras três marcas não tiveram representantes localizados.
Fonte:
Jornal Pequeno
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