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Chi sta uccidendo la polizia brasiliana?


Quello che sta succedendo a São Paulo, ma in Brasile in genere, sta diventando argomento internazionale. Questo è un articolo tratto dal New York Times. È strano vedere che anche la stampa estera si sta occupando di questi gravi problemi, ma chi é a capo di questo governo sembra nemmeno preoccuparsi. Forse ha ragione Alessandro, quando nel suo blog scrive "... qui non si allarma proprio nessuno, neanche di fronte a centinaia di morti. Tutto sembra infatti scorrere imperturbabile nel grande Paese sudamericano; tutto sembra diluirsi nella sua straordinaria predisposizione alla rimozione della realtà  al non affrontare mai nulla con realismo e pragmatismo".

Na noite de sábado, 3 de novembro, Marta Umbelina da Silva, uma policial militar de São Paulo e mãe solteira de três filhos, foi assassinada na frente de sua filha de 11 anos, na porta de sua casa em Brasilândia, uma comunidade desfavorecida na Zona Norte da cidade.


Os registros da polícia mostram que Marta, 44 anos, nunca havia prendido ninguém em seus 15 anos de carreira. Ela era uma entre centenas de oficiais de baixo escalão encarregados principalmente da administração interna.

A maior cidade da América Latina continua descendendo em uma violenta rixa sangrenta entre a polícia e uma facção do crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Até agora, 94 policiais foram mortos em São Paulo em 2012 — número duas vezes maior do que no ano passado. Entre julho e setembro, policiais militares em serviço mataram 119 pessoas na região metropolitana e, apenas nos três primeiros dias do mês de novembro, 31 pessoas foram assassinadas na cidade.
Essa estatística esconde uma história mais profunda sobre as cidades latino-americanas, sua polícia e a guerra contra as drogas.

O único erro de Marta foi viver em uma comunidade desfavorecida, e, como policial, ela não estava sozinha. Quase todas as mortes de policiais de São Paulo em 2012 aconteceram quando eles estavam fora de serviço. Os assassinatos têm se concentrado nas áreas pobres da cidade e muitas vezes ocorrem na porta de suas casas. As vítimas costumam ser conhecidas em suas comunidades e moradoras de zonas controladas pelo crime organizado, longe da proteção proporcionada nas partes ricas da cidade.

Em cidades em expansão como São Paulo, os policiais mal remunerados com frequência vivem lado a lado com membros do crime organizado em periferias urbanas espalhadas pela cidade e negligenciadas pelo governo. Frequentemente designados para trabalhar em áreas distantes de suas casas, eles estão protegidos em serviço, mas, fora do horário de trabalho, não dispõem de praticamente nenhuma segurança.

Nos anos 1990, facções criminosas como o PCC emergiram em prisões violentas e começaram a disputar territórios urbanos. O controle relapso das armas de fogo, as fronteiras pouco vigiadas e o lucrativo tráfico de drogas tornaram a situação pior.

“A gente jogou bola juntos quando éramos crianças” − contou-me recentemente um policial civil chamado André, referindo-se aos traficantes locais − “mas eu consegui seguir pelo caminho certo”. André cresceu em Jardim Ângela, bairro de São Paulo antes considerado o mais perigoso do planeta pela Organização das Nações Unidas.

Sua infância se assemelha à de muitas crianças pobres. Ele morava em uma casa construída por seus avós imigrantes e estudava em escola pública. Na adolescência, escapou de gangues de traficantes rivais e de grupos de extermínio formados por policiais fora de serviço. Comuns em muitas cidades brasileiras, esses esquadrões anticrime variam de justiceiros locais a grupos paramilitares conhecidos como milícias.

Recentemente, André precisou deixar o Jardim Ângela, depois de ser acusado de delação por traficantes. Atualmente, para viver em relativo anonimato em outra parte da cidade, ele precisa emendar turnos em três ou quatro empregos.

Muitos dos que hoje são policiais civis e militares foram amigos ou colegas de escola dos atuais membros do crime organizado. Vários policiais têm parentes que se casaram com criminosos e, às vezes, continuam morando ao lado ou de frente uns para os outros. Os concursos públicos da polícia brasileira selecionam seus candidatos por nível educacional e criam empecilhos para o crescimento profissional e a mobilidade econômica. Sem se afastar do trabalho para estudar durante alguns anos, é impossível subir os degraus corporativos da força policial.      

Com poucos meios de sair das comunidades carentes, os policiais encontram outras maneiras de sobreviver. Alguns deixam suas armas e distintivos no trabalho. Outros assumem identidades diferentes em suas vizinhanças como professores de história, motoristas de táxi ou seguranças privados, ou passam despercebidos por grupos criminosos simplesmente por não se socializarem. Há também os policiais corruptos que pertencem à “folha de pagamento” das organizações criminosas, assim como aqueles que escolhem se tornar milicianos. 

Em junho, antes da crise atual, um policial civil me disse que a coexistência com o PCC tem a mesma dinâmica de contenção da Guerra Fria e as consequências reais da destruição mutuamente garantida. 

Embora tentem, os líderes políticos não podem fugir da responsabilidade. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já testemunhou tamanha violência anteriormente. Alckmin governou o estado antes de uma série de ataques do PCC em 2006 e aumentou modestamente os salários dos policiais militares nos últimos anos, o que não tem feito muito para amenizar a exposição dos oficiais de baixo escalão.

Há um grande abismo entre o que os políticos acreditam que deveria acontecer e as consequências de suas ações para os policiais em áreas pobres. Na verdade, prometer a submissão das facções à autoridade, como fez Alckmin, atiça o fogo da retaliação. Sua recente afirmação de que “quem não reagiu está vivo” – uma nova versão da frase usada pelo ex-governador Luiz Antônio Fleury para descrever o massacre de 111 detentos no presídio de Carandiru − provocou o PCC, disparando a contagem dos corpos e trazendo São Paulo de volta a uma era de repressão policial. As vítimas são, geralmente, os alvos mais próximos e fáceis — pessoas como Marta.

A polícia não pode atender às expectativas públicas enquanto estiver preocupada em esconder sua própria identidade. As propostas para a segurança pública precisam refletir essa realidade. O aumento de salários e a eliminação de dificuldades de desenvolvimento de carreira ajudam; no entanto, o Brasil e outros governos latino-americanos precisam encontrar maneiras de transformar os policiais em recursos valiosos e respeitados em suas próprias comunidades, através da projeção de uma imagem mais humana da força policial ou de seu uso em outros serviços públicos locais.

A recente troca na secretaria de segurança pública e no comando das polícias militar e civil é um avanço, mas é necessário que essa nova liderança esteja aberta a novas ideias e que coloque em prática uma visão que ataque diretamente as falhas do sistema. 

Uma coisa é certa: sem uma nova abordagem, a violência talvez nunca diminua verdadeiramente.


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8 Commenti

  1. Qui dire chi ammazza chi e' complicato quanto dire chi e' colluso con la mafia e chi e contro in Sicilia.
    La realta' spesso diverge da apparenze create ad arte.
    Alla base c'e' il disegno del PT di conquistare una cassaforte come lo stato di Sao Paulo,ultimo ridotto non ancora nelle mani di Lula e compagni.
    Le elezioni del 2014 sono l'occasione buona e quindi il lavoro va cominciato in anticipo screditando il PSDB, al potere nello stato di Sao Paulo.
    PSDB in crisi di personaggi da proporre ,evitando di chiedere a Serra di perdere un'altra elezione.
    A questo si aggiunge un livello di corruzione delle varie polizie civili e militari da paura (molti ricevono tre stipendi,solo uno dallo stato).
    Senza una riforma dei corpi di polizia (qui la polizia di elite riceve sponsorizzazioni legali da industrie della birra,per fare un esempio!)ed un'azione di intelligence non solo di repressione,non cambiera' mai nulla.
    Questo detto guardate i dati di Alagoas e Espirito Santo e ditemi come mai non fanno notizia.
    Stefano

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  2. Questa onda di violenza non e' altro che il risultato di un accordo ,fatto sottobanco, tra le autorita' di Sao Paulo e i capi del PCC.
    Accordo che e' andato infranto qualche mese fa1, quando in un garage la ROTA, gruppo di elite della polizia paulistana , ha ucciso diversi capi del PCC che si stavano riunendo.
    Da quel momenento e' iniziata la faida,che poi secondo me e' esattamente una guerra di Mafia, nella quale ci vanno di mezzo i piu' deboli.
    Chi vive nelle grandi citta' brasiliane e conosce le dinamiche della polizia sa benissimo il livello di corruzione che esiste nelle forze di polizia.
    Quindi spesso sono banditi con la divisa da poliziotto a morire e ad uccidere,in una spirale di vendette e controvendette che ha pero' una spiegazione economica dietro.
    Il controllo del traffico di stupefacenti e della conseguente corruzione delle forze di polizia.

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  3. L'articolo inserito da Franco parte proprio dalla morte di una donna (poliziotto) che non aveva mai avuto a che fare con con banditi. Praticamente un'impiegata burocratica.

    Inoltre a me risulta che i poliziotti e i giudici uccisi siano (nella quasi totalità) normali agenti di polizia, che fanno il loro dovere, e la stessa cosa vale per i giudici.

    La storia del garage e della ROTA mi sa tanto di invenzione di stampa. Più probabilmente la guerra scatenata dai malviventi e per vendicarsi del trasferimento dei capi del PCC in prigioni più sicure provviste della gabbia di Farady per impedire l'uso dei telefoni cellulari.

    Per Stefano devo dire che probabilmente ha confuso elezioni presidenziali (che si tengono nel 2014) e le ultime votazioni che hanno visto vincere l'ignorante Haddad nella corsa per San Paolo, che proprio grazie a questa vittoria è già caduto nelle mani di Lula e compagni.

    Per il resto, i due commenti mi sembrano riassunti di telefilm polizieschi.

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  4. Giancarlo,mi riferivo alle elezioni di governatore dello stato di Sao Paulo.
    Sulla polizia:ho un carissimo amico ed un conoscente che lavorano nelle forze di polizia,e so cosa dico.
    Stefano

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  5. Caro Stefano, in effetti, rileggendo il tuo commento, per ben due volte, parli di Stato e non di municipio. Purtroppo non ho il caminetto, per potermi cospargere il capo di cenere, ma chiedo scusa per la mia lettura superficiale.

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  6. Benedetto probabilmente non intendo bene quello che c'è scritto nell'articolo, scritto nel mese di marzo da Pannunzio per il suo Blog, perché non si riferisce all'attuale ondata di violenza, ma ad altri fatti, del 2010, che vedono coinvolta la Polizia Militare. Occorre rammentare che Pannunzio, proprio a causa di articoli come questo era bersagliato da continue denunce, tanto che dal 5 di questo mese ha chiuso il suo blog, non riuscendo più a sostenere le spese legali per difendersi. Uno della decina di blogger liberi del Brasile è stato silenziato. Sicuramente ai piani alti del Planalto hanno festeggiato a champagne. Ma andiamo avanti.

    Io credo che se i carnefici siano agenti di polizia, farmacisti, panettieri o salumieri, poco importa. L'ordine degli assassini di QUESTA carneficina viene dalla dirigenza del PCC, a parte rari casi quando si tratta di vendette personali.

    Non ho trovato nell'articolo che citi nessun riferimento a capi uccisi in un garage, magari si trova nel .PDF allegato, ma con il cellulare non riesco a visualizzare i file .PDF

    E comunque il PCC non si perde per qualche morto, che sia in un garage o in un hotel a cinque stelle, ma si incazza di brutto quando i capi non possono inviare i loro ordini dalle prigioni colabrodo dove sono trattenuti, e da dove dirigono i loro traffici miliardari.

    Che poi i carnefici, in gran parte, siano agenti di polizia è un poco come scoprire l'acqua calda. Le forze di polizia del Brasile stanno sperimentato dopo alcuni decenni la stessa crisi della polizia statunitense dei primi tre quarti del secolo scorso.

    Si tratta di una fase transitoria, più o meno lunga, ma destinata a cessare quando la popolazione raggiungerà un grado culturale più alto e quando la Politica (quella con la P maiuscola) prende in mano la situazione con l'intenzione di troncarla una volta per tutte.

    Per quanto riguarda la frase: "Per il resto, i due commenti mi sembrano riassunti di telefilm polizieschi. rimango della stessa idea. Sono testone e testardo, lo riconosco.

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  7. Giancarlo, l'articolo sopra il fatto che per molti e' stato scatenante della ondata di violenza a S.Paulo lo trovi al primio link che ho mandato (alle h 01,57)

    Qualunque sia la tua valutazione o opinione personale sulla situazione a San Paolo, la tua frase sui telefilm polizieschi non la capisco.
    E' una critica ai contenuti oppure credi siano di fantasia?
    Io non so' da quanti anni abiti in Braile,io ho abitato 5 anni a Rio de Janeiro e da tre sono nel nordest, e se raccontassi quello che ho saputo e in qualche caso ho anche visto a Rio... altro che telefilm polizieschi.
    Ma forse tu, da dove abiti hai una visione migliore .

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  8. Giancarlo,quale cenere?
    Stiamo discutendo con molta serenita' senza fini di lucro...
    Stefano

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